Jejum Intermitente: Benefícios, Riscos e Como Fazer do Jeito Certo
Descubra como o jejum intermitente pode ajudar na saúde e emagrecimento, quais são os riscos e como fazer do jeito certo, segundo a ciência.
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9/11/20253 min read


Jejum Intermitente: Benefícios, Riscos e Como Fazer do Jeito Certo
Nos últimos anos, o jejum intermitente deixou de ser apenas uma moda e passou a ser estudado como uma estratégia real para melhorar a saúde e auxiliar no emagrecimento. Celebridades, atletas e pessoas comuns adotaram o método, mas será que ele realmente funciona? E mais importante: é seguro para todos?
A seguir, vamos mergulhar nos benefícios, riscos e nas formas corretas de aplicar o jejum intermitente, com base em evidências científicas.
O que é Jejum Intermitente?
O jejum intermitente (JI) é uma estratégia alimentar que alterna períodos de jejum com períodos de alimentação. Diferente de dietas tradicionais, ele não define quais alimentos comer, mas sim quando comer.
Os protocolos mais comuns incluem:
16/8: jejum de 16 horas e janela de alimentação de 8 horas (exemplo: comer das 12h às 20h).
5:2: comer normalmente 5 dias da semana e restringir calorias (500-600) em 2 dias não consecutivos.
Eat-Stop-Eat: jejum de 24 horas, uma ou duas vezes por semana.
Segundo uma revisão publicada na New England Journal of Medicine (2019), o JI pode influenciar processos metabólicos ligados à saúde celular, inflamação e envelhecimento.
Benefícios do Jejum Intermitente
1. Auxílio no Emagrecimento
O JI reduz naturalmente a ingestão calórica e aumenta a queima de gordura. Um estudo da Annual Review of Nutrition (2017) mostrou que pessoas em jejum intermitente perderam peso de forma semelhante ou até superior a quem seguiu dietas convencionais de restrição calórica.
2. Controle da Glicemia e Sensibilidade à Insulina
O jejum ajuda a reduzir os níveis de glicose no sangue e melhora a resistência à insulina, fator importante na prevenção do diabetes tipo 2.
3. Melhora na Saúde Cardiovascular
Pesquisas indicam que o JI pode reduzir marcadores de risco como pressão arterial, colesterol LDL e triglicerídeos. (Cell Metabolism, 2018)
4. Proteção Cerebral
Estudos sugerem que o jejum intermitente estimula a produção de BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro), associado à memória e aprendizagem.
5. Redução de Inflamações
Pesquisas apontam que o JI diminui citocinas pró-inflamatórias, ajudando em doenças crônicas ligadas à inflamação, como artrite e obesidade.
6. Longevidade
Experimentos em animais mostram que o jejum intermitente pode prolongar a expectativa de vida. Em humanos, ainda faltam evidências sólidas, mas os sinais são promissores.
Riscos e Limitações do Jejum Intermitente
Nem tudo são flores. O JI também tem limitações e não é indicado para todos.
Hipoglicemia: pessoas com diabetes em uso de insulina ou medicamentos devem evitar sem supervisão médica.
Desregulação hormonal: mulheres podem apresentar alterações no ciclo menstrual.
Perda de massa muscular: se não houver ingestão adequada de proteínas e exercícios de força.
Efeitos colaterais iniciais: fome excessiva, dor de cabeça, irritabilidade e dificuldade de concentração.
A Academy of Nutrition and Dietetics recomenda cautela, especialmente em gestantes, lactantes, adolescentes e pessoas com histórico de transtornos alimentares.
Como Fazer Jejum Intermitente de Forma Segura
Comece devagar: se nunca fez, inicie com 12h de jejum e vá aumentando.
Mantenha a hidratação: água, café sem açúcar e chás são permitidos.
Priorize alimentos nutritivos: quando for comer, escolha proteínas magras, vegetais, frutas, grãos integrais e gorduras boas.
Inclua treino de força: ajuda a preservar massa muscular.
Monitore sinais do corpo: se houver tontura, fadiga extrema ou queda de desempenho, reavalie.
Jejum Intermitente é Para Você?
O jejum intermitente pode ser uma ferramenta poderosa para algumas pessoas, mas não é uma solução mágica. Cada organismo reage de forma diferente. Por isso, o acompanhamento médico ou nutricional é fundamental.
Se usado de forma consciente, ele pode ser um aliado não apenas no emagrecimento, mas também na saúde metabólica, cardiovascular e até mental.
Conclusão
O jejum intermitente não deve ser visto como moda, mas sim como uma ferramenta que pode — ou não — fazer sentido no seu estilo de vida. A ciência mostra benefícios relevantes, mas também riscos.
O segredo está em individualizar a estratégia e não esquecer que saúde se constrói no longo prazo, com alimentação equilibrada, atividade física e hábitos saudáveis.
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