Vitaminas:

As vitaminas são nutrientes essenciais para o funcionamento do organismo humano. Elas participam de centenas de reações metabólicas, regulam processos hormonais, fortalecem a imunidade, ajudam na produção de energia e até influenciam no humor. No entanto, o consumo excessivo, especialmente por meio de suplementos sem orientação, pode trazer riscos sérios para a saúde.

Neste artigo, vamos explorar o papel das principais vitaminas, os sinais de deficiência, os riscos da suplementação em excesso e como encontrar o equilíbrio ideal para garantir saúde e bem-estar.

O que são vitaminas e por que são tão importantes?

As vitaminas são compostos orgânicos que o corpo não consegue produzir em quantidades suficientes, sendo necessário obtê-las pela alimentação ou suplementação. São divididas em dois grupos:

• Vitaminas hidrossolúveis (C e complexo B) → dissolvem-se em água e são eliminadas facilmente pela urina.

• Vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) → armazenadas no fígado e tecido adiposo, podendo se acumular e causar toxicidade.

Estudos mostram que uma alimentação variada, rica em frutas, verduras, legumes, grãos e proteínas magras, supre as necessidades diárias na maioria das pessoas (WHO, 2023).

Principais vitaminas e suas funções

Vitamina A

• Funções: saúde da visão, imunidade, pele e mucosas.

• Fontes: fígado, cenoura, batata-doce, espinafre.

• Deficiência: cegueira noturna, pele seca, baixa imunidade.

• Excesso: pode causar danos ao fígado, náusea e dores ósseas.

Complexo B (B1, B2, B3, B6, B9, B12)

• Funções: metabolismo energético, sistema nervoso, produção de glóbulos vermelhos.

• Fontes: cereais integrais, carnes magras, ovos, leguminosas.

• Deficiência: fadiga, anemia, problemas neurológicos.

• Excesso: raramente causa problemas, pois são eliminadas pela urina.

Vitamina C

• Funções: antioxidante, formação de colágeno, melhora da imunidade.

• Fontes: laranja, acerola, kiwi, pimentão.

• Deficiência: escorbuto, queda de imunidade, pele fragilizada.

• Excesso: pode causar diarreia, cálculo renal.

Vitamina D

• Funções: absorção de cálcio, saúde óssea, imunidade.

• Fontes: sol (principal), peixes gordurosos, ovos.

• Deficiência: osteoporose, baixa imunidade, fadiga.

• Excesso: risco de hipercalcemia, problemas renais e cardíacos.

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Vitamina E

• Funções: antioxidante, proteção celular, saúde cardiovascular.

• Fontes: oleaginosas, sementes, azeite de oliva.

• Deficiência: rara, mas pode causar fraqueza muscular.

• Excesso: aumenta risco de hemorragias.

Vitamina K

• Funções: coagulação sanguínea, saúde óssea.

• Fontes: vegetais de folhas verdes, brócolis, couve.

• Deficiência: sangramentos e hematomas fáceis.

• Excesso: raro, mas pode interferir em medicamentos anticoagulantes.

O perigo do excesso de suplementação (Hipervitaminose)

Apesar da popularidade dos suplementos, o consumo sem orientação médica pode levar a problemas graves.

• Vitamina A em excesso: hepatotoxicidade, dores de cabeça, problemas ósseos.

• Vitamina D em excesso: cálculos renais, problemas cardiovasculares.

• Vitamina E em excesso: risco de AVC hemorrágico.

Um estudo publicado no New England Journal of Medicine (2015) mostrou que a automedicação com vitaminas está associada ao aumento de efeitos colaterais e até internações hospitalares.

Quando suplementar?

A suplementação deve ser feita somente após avaliação médica ou nutricional, com base em exames laboratoriais.

Indicações mais comuns:

• Idosos com absorção reduzida.

• Pessoas com restrição alimentar (ex: vegetarianos/veganos → vitamina B12).

• Mulheres grávidas (ácido fólico para prevenção de má-formação fetal).

• Pessoas com pouca exposição solar (vitamina D).

Como obter vitaminas de forma natural

• Alimentação variada: frutas, verduras, legumes, grãos e proteínas.

• Rotina equilibrada: sol moderado, sono de qualidade e hidratação.

• Evitar ultraprocessados: ricos em calorias vazias, mas pobres em micronutrientes.

Conclusão

As vitaminas são fundamentais para manter o equilíbrio e o bom funcionamento do corpo. A carência pode trazer doenças graves, mas o excesso também é prejudicial.

Portanto, a chave é o equilíbrio: alimentação saudável em primeiro lugar, suplementação apenas quando necessária e sempre com orientação profissional.

👉 Cuide da sua saúde de dentro para fora e lembre-se: nem tudo que brilha em forma de cápsula é sinal de saúde.